Por trás da aparência fofa do bichinho, cujas habilidades encantam a todos, existe um avançado esquema tecnológico. Para explicar o funcionamento do Furby, a reportagem conversou com o coordenador do mestrado em Mecatrônica do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Roberto Dias, que desvendou alguns mistérios do brinquedo.
Segundo Dias, o "poder" do Furby está concentrado em dois componentes principais: um processador de comandos, responsável por toda a comunicação do boneco por meio de sensores de áudio e toque — que decodifica a voz e traduz em comportamentos —, e um sintetizador que capta os fonemas.
— Ele armazena mais de mil comandos, como palavras e notas musicais, e traduz num código, criando um novo dicionário de comandos que vai sendo incrementado com as palavras ditas pelas pessoas — explica.
Dias afirma ainda que o Furby contém um chip de oito bites, produzido em Taiwan, que pode ser comparado aos dos antigos computadores da década de 1980.
Além dos processadores e do chip, o robozinho conta com um painel de LED que confere a personalidade, ou seja, o perfil de comportamento que varia conforme a educação que recebe.
Sobre a interação, Dias diz que esta se dá por um protocolo de áudio, com um relógio interno que analisa as interações com o meio e dispara o comportamento.
— Uma coisa moderna com tecnologia antiga. Diria que o fabricante gasta US$ 5 em tecnologia — resume o especialista que, ainda assim, se rende aos encantos da invenção.
— É um poder de processamento considerável. Eu particularmente, que vivo nesse mundo de computadores para processamento específico, consigo ver coisas futurísticas. Eu não acreditava que isso fosse acontecer há 15 anos e hoje diria que o Furby tem muito fôlego pela frente.
Por dentro os velhos tem a aparencia assim
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